Desde sua criação, em 1918, o Grupo Votorantim desenvolve ações de Responsabilidade Social voltadas para a comunidade no entorno de suas unidades. Era preciso, no entanto, aprimorar essas atividades, com foco no investimento social externo, e incentivar suas empresas a incorporar práticas de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) à gestão dos negócios de forma estratégica e alinhada com os objetivos corporativos. Por isso, em 2002, a organização criou o Instituto Votorantim, instituição que dissemina as informações para que todos os colaboradores possam incorpor e reconhecer a importância das ações sociais desenvolvidas pelo Grupo.

Essa é uma meta nada fácil para uma organização que tem cerca de 50 mil funcionários espalhados por 20 estados e mais de 100 municípios brasileiros. Para alcançar esse objetivo, portanto, o Instituto Votorantim desenvolve ferramentas que auxiliam na propagação dessas ações para todo o Grupo e para a comunidade. “A idéia é garantir a continuidade dos projetos, permitindo tanto a melhor administração quanto a análise mais detalhada dos resultados”, afirma a gerente de Desenvolvimento Social, Sueli Chiozzoto.

Para reforçar o planejamento dos investimentos sociais externos, oferecer maior apoio às unidades de negócio e qualificar esses investimentos, o Instituto Votorantim conta, desde 2005, com uma equipe de profissionais exclusivos para atender a cada empresa do Grupo. Para divulgar as ações, essa equipe conta o apoio da comunicação interna e da gerência de cada unidade, que é responsável por fazer com que a informação chegue ao trabalhador das fábricas de maneira adequada, já que cada setor tem sua própria cultura. Entre as diversas ferramentas que auxiliam nesse trabalho, Sueli destaca o uso dos Indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial, a criação do Prêmio Destaque de Responsabilidade Corporativa e o desenvolvimento do Caderno de Boas Práticas.

Segundo a executiva, com o uso de indicadores é possível saber como as empresas se comportam quando o assunto é responsabilidade social. Eles são uma ferramenta de aprendizado e avaliação da gestão no que se refere à incorporação de práticas.

Na tentativa de conhecer e disseminar as melhores práticas desenvolvidas pelo grupo, o Instituto fez um mapeamento para verificar o que cada empresa tem feito nesse setor. Esse trabalho resultou no Caderno de Boas Práticas. O material foi colocado à disposição de todos os funcionários, que podem ter acesso a ele por meio do Portal do Instituto, que também conta com artigos, material acadêmico e descrições de práticas.

Outra ferramenta de incentivo é o Prêmio Destaque de Responsabilidade Social, criado em 2006. Trata-se de um reconhecimento das práticas desenvolvidas pelas empresas do Grupo. A primeira edição contou com a participação de todas as unidades, que inscreveram 74 trabalhos. As práticas apresentadas mostraram que a organização tem programas diversos, como educação ambiental e segurança nas estradas.

Ainda em desenvolvimento, uma iniciativa que merece destaque é o programa que promove a diversidade. O projeto, criado em parceria com todas as unidades, tem o objetivo de incentivar o respeito às diferenças sociais e ressaltar sua importância para a valorização da empresa e do negócio. “Estamos desenvolvendo o material de divulgação. A iniciativa está tomando corpo”, conta Sueli.

Para a executiva, muitas companhias não perceberam a importância da responsabilidade social corporativa e não olham para essa área com cuidado. Embora isso ainda seja uma realidade no Grupo Votorantim, segundo Sueli, a organização já avançou muito. Cada vez mais o tema é considerado ao traçar uma estratégia de negócio. O objetivo da empresa é fazer com que essa preocupação chegue com a mesma força em todos os setores da companhia e, para isso, trabalha de forma ética e transparente com todo o Grupo. 

O resultado de todo esse trabalho é animador. Dados de 2005 mostram que, depois de três anos de atuação, as ações do Instituto Votorantim voltadas para a educação e profissionalização de jovens com idade entre 15 e 24 anos, por exemplo, já estavam em 143 municípios e 825 escolas, beneficiando cerca de 4,5 mil educadores e mais de 25 mil jovens.