Belgo Siderurgia, Usina de Monlevade: excelência em gestão deve ser referência em novo conglomerado

A Belgo Siderurgia S/A, Usina de Monlevade, foi a vencedora do PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade® 2006, Categoria Grandes Empresas.

Reconhecimento da comunidade de negócios e a possibilidade de tornar-se a principal referência em gestão para as outras unidades de um novo conglomerado internacional. Estas são, segundo seu gerente de Logística e Planejamento da Produção, Jorge Luiz de Magalhães, as principais conseqüências de sua empresa, a Belgo Siderurgia S/A, Usina de Monlevade, ter sido a vencedora do PNQ - Prêmio Nacional da Qualidade® 2006 Categoria Grandes Empresas. 

O prêmio foi entregue nesta segunda-feira, dia 27 de novembro, em cerimônia realizada pela Fundação Nacional da Qualidade no Hotel Unique, em São Paulo. A companhia vencedora obteve a maior pontuação entre as quatro finalistas – Eaton Divisão Transmissões, Promon S/A e Fras-Le S/A foram as outras concorrentes. “Externamente, seremos reconhecidos como detentores de um sistema de gestão de classe mundial. Internamente, num momento em que temos um projeto de duplicar a produção, nos credenciamos a apresentar o nosso sistema de gestão como aquele que deve prevalecer nesse momento de transição e consolidação do grupo Arcelor-Mittal. Isso já ocorreu quando da formação do grupo Arcelor, e poderá ocorrer de novo”, avalia Magalhães. 

A Usina de Monlevade, sediada na cidade de João Monlevade/MG, responde por cerca de 40% da receita da Belgo Brasil, do grupo Arcelor. Sua capacidade de produção é de 1,2 milhão de toneladas/ano de laminados longos. A indústria emprega 1290 funcionários e 134 estagiários. 

A companhia teve bom desempenho em todos os oito critérios do PNQ, mas destacou-se sobretudo nos itens Sociedade, Processos e Pessoas. Para Magalhães, os resultados são fruto de um aperfeiçoamento contínuo, já incorporado à cultura empresarial. “Ou somos benchmarking no setor ou estamos muito próximos das empresas referenciais”, diz. 

A política de gestão é baseada em um Sistema Integrado, que objetiva conciliar a atividade industrial com expectativas de todos os stakeholders. O modelo de gestão baseia-se no planejamento de objetivos e recursos e em sua execução, com verificação do resultado e tomada de ação, segundo um método batizado de PDCA. Ele está ancorado nas práticas do “Gerenciamento pelas Diretrizes” e do “Gerenciamento da Rotina Diária”. 

Fórum compartilhado
Na área de Processos, Magalhães cita o exemplo das Bancas Técnicas como um instrumento que garante o desenvolvimento de produtos e processos com sintonia entre as áreas. Para isso, são realizados fóruns com participação das gerências Técnica, de Produção e de Logística. “Discute-se novidades e projetos de experimento. Com isso, evita-se efeitos colaterais quando se vão introduzir melhorias, pois todos estão no mesmo fórum”, explica. 

Os programas de cooperação incentivada também têm dado bons resultados. Eles acontecem em três níveis: através da formação de grupos interfuncionais, de projetos de solução de problemas e do Programa Sugestão Nota 10. O funcionário que tem uma sugestão de processo implementada recebe um prêmio em dinheiro. Na área de gestão de pessoas, além de a companhia investir na melhoria da formação educacional de todos os funcionários (quase 100% deles têm ao menos o 2o. Grau completo), patrocinando cursos de pós-graduação e extensão universitária e incentivando com bolsas a graduação, também introduziu um conceito que deverá ser adotado pelo resto do grupo. 

É a “Carreira em Y”, que permite reconhecer a capacidade das pessoas sem ter de promovê-las verticalmente. Os funcionários, assim, podem ter salários e regalias iguais aos das chefias, concedidos em função de habilidades específicas, sem estar à frente de uma área. Outro ponto forte da Usina de Monlevade é o quesito Sociedade, com projetos nas áreas de educação, cultura, ação social e meio ambiente. Nessa área, por exemplo, a companhia criou e mantém uma reserva de mata nativa com 518 hectares. Mais de 50 mil pessoas já freqüentaram os cursos do Centro de Educação Ambiental, voltado principalmente aos alunos da rede municipal de ensino. 

Ainda no critério Sociedade, destaque para o “descarte zero” de efluentes industriais no Rio Piracicaba, vizinho à usina. “Nosso consumo de água, em torno de 2 metros cúbicos por tonelada, é o mais baixo do Brasil e um dos menores do mundo. Recirculamos 99% da água. No gerenciamento de resíduos, nosso índice é de 15 quilos por tonelada, para uma meta de 50 quilos. Por esses motivos, ganhamos em 2006 o Prêmio Mineiro Gestão Ambiental”, finaliza Magalhães.

Patrocinadores dessa edição
Saiba como patrocinar Patrocinadores10
Loading
Comentários
Para escrever comentários, faça seu login ou conecte-se pelo Facebook ou Linkedin
Carregando... Loading
Carregando... Loading