Atividade do inpEV reduz emissão de CO2 em 98 mil toneladas

inpEV é responsável pela gestão das embalagens, desde o transporte, a partir das unidades de recebimento, até a destinação final (reciclagem ou incineração).

Estudo encomendado pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) de agrotóxicos ou fitossanitários à Fundação Espaço ECO, organização que desenvolve atividades direcionadas às áreas de educação ambiental, ecoeficiência e reflorestamento, mostrou que entre 2002 e 2006, 98 mil toneladas de carbono deixaram de ser emitidas no meio ambiente. O processo de recebimento e envio à reciclagem deste material representou, no período, um ganho ambiental que pode ser traduzido em 491 mil árvores plantadas (294,6 por hectare), 224 mil barris de petróleo economizados ou ainda a redução de 167 mil viagens de carro entre Rio de Janeiro e São Paulo. 

O inpEV é responsável pela gestão das embalagens, desde o transporte, a partir das unidades de recebimento, até a destinação final (reciclagem ou incineração) “O estudo de ecoeficiêncianão contempla expectativas para os próximos anos, uma vez que os dados são levantados a partir de resultados concretos. Contudo, o inpEV continua medindo o benefício trazido pelo sistema e novos dados serão divulgados futuramente”, explicou o gerente de operações do inpEV, Paulo Ely do Nascimento.

Em 2008 foram encaminhados para o destino ambientalmente correto no Brasil 24.415 toneladas de embalagens vazias de defensivos agrícolas. “Esse volume representa um aumento de 15,6% em relação ao total de 2007, quando foram recicladas ou incineradas 21.129 toneladas”. Atualmente o Brasil ocupa a liderança entre os países que têm sistemas de destinação final de embalagens vazias de defensivos semelhantes. “De acordo com os dados apresentados durante encontro global, realizado na Polônia deem setembro de 2008 e organizado pela CropLife International, federação que representa a indústria de produtos fitossanitários, os países que mais destinam embalagens vazias de agrotóxicos, além do Brasil, são Alemanha (65%) e França (50%)”, afirmou Nascimento.

Conscientização

Para disseminar essa cultura entre os agricultores e a sociedade, o inpEV idealiza e apóia várias campanhas de conscientização e orientação. Além da veiculação da campanha nas mídias eletrônicas e impressas são realizadas ações em parceria com as revendedoras de defensivos agrícolas, com o poder público, com as unidades de recebimento de embalagens e, com as empresas associadas ao inpEV“O objetivo é alertar e orientar os agricultores sobre a destinação correta das embalagens de agrotóxicos, suas implicações legais e os danos que podem ser causados ao meio ambiente e à saúde humana pela destinação inadequada”.

Uma importante ação de conscientização é o Dia Nacional do Campo Limpo (18 de agosto)’. “Data comemorativa do sistema, o Dia é celebrado desde 2005 e, em 2008, passou a integrar o calendário oficial brasileiro. A data, que tem por objetivo difundir e celebrar os bons resultados do sistema de destinação final de embalagens vazias brasileiro, é uma iniciativa do inpEV e conta com o apoio da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)”, explicou o gerente.Em 2008, a data comemorativa mobilizou, em todo o país, 117.449 pessoas, entre estudantes, autoridades, agricultores, distribuidores, cooperativas, representantes da indústria fabricante de defensivos agrícolas e a comunidade em geral. 

“Todos participaram das comemorações, realizadas por 99 centrais de recebimento de embalagens vazias”. Entre as atividades estão ações de educação e conscientização, palestras em escolas e universidades, concursos de desenho para as crianças e de redação para os jovens. De acordo com Nascimento, outra iniciativa que tem o objetivo de levar o conhecimento sobre o sistema de destinação final é o Curso Virtual, ferramenta interativa e dinâmica disponível no site do inpEV. “Para participar, o usuário deve clicar na opção Educação Interativa na página inicial, iniciar seus estudos sobre legislação, responsabilidades, o que fazer com as embalagens vazias, logística de embalagens e passo a passo da formação do sistema. Em cada módulo há exercícios de fixação e, ao concluir a avaliação final, o usuário recebe um certificado de conclusão do curso”.

Existem dois tipos de unidades de recebimento de embalagens vazias: os postos e as centrais. os postos recebem, inspecionam a lavagem e armazenam as embalagens, que depois seguem para as centrais”, afirmou o gerente.

“Já as centrais de recebimento que realizam a triagem e a compactação das embalagens enviadas para o destino final ambientalmente correto. O agricultor deve devolver as embalagens no local indicado na nota fiscal de compra, que pode ser um posto ou uma central de recebimento. 

Tatiana Assumpção

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