A pequena Embafort Embalagem mostra porque é grande no desenvolvimento de líderes

Quando se trata do planejamento estratégico, a Embrafort adotou meios que permitem a participação de todos no processo.

Uma empresa que visa desenvolver, reciclar, produzir embalagens industriais com consciência e responsabilidade social e ambiental, contribuindo com o crescimento econômico e sustentável da empresa e da sociedade em que estamos inseridos. Essa é a missão da Embafort Embalagem Industrial, uma fabricante de embalagens automotivas, caixas para exportação, pallets e peças especiais de madeira que atua desde 1994 em Curitiba, no Paraná. A Embafort é uma indústria de pequeno porte, que possui cerca de 60 funcionários. Mas nem por isso seu fundador e diretor de produção, Humberto Cabral, deixa de se preocupar com a capacitação de seus colaboradores e, principalmente, com a identificação de potenciais líderes entre eles. A Embafort aplica uma prática chamada Desenvolvimento de Líderes versus Mudança Comportamental, ou seja, quando um potencial líder é identificado, ele já se torna um substituto imediato e passa a ter suas capacidades desenvolvidas por uma equipe de psicólogas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), tais como mudança comportamental e habilidades de liderança. Este programa foi inaugurado em 2005, mas suas raízes existem desde muito antes de sua concepção.

 

“Em 1996 eu quebrei. Havia criado a empresa em 94, investindo apenas 70 dólares. Na época em que fui à falência, teve um momento em que percebi que só falava e pensava no singular. Foi quando reuni meus funcionários, que eram apenas nove, e disse para eles: nós precisamos conquistar o ISO 9000”, lembra Cabral. Ele havia se dado conta que para reerguer a Embafort precisaria da união e da mão-de-obra de todos e que uma empresa, na verdade, se construía valorizando o trabalho em equipe e não sozinho. Cabral, que é engenheiro florestal de formação e com pós-graduação em psicologia, conta que a Embafort segue baseada em três critérios: ter lucratividade, pois a empresa precisa se perpetuar; trabalhar com gestão de desenvolvimento humano e se preocupar com a preservação do meio ambiente. Segundo ele, os três têm o mesmo peso.


A empresa voltou a funcionar em 1998. Desde então, os colaboradores da Embafort participam de uma série de programas de incentivo, valorização e capacitação. Assim como líderes são identificados e capacitados, todos os outros colaboradores, seja qual for sua posição dentro da organização, também possuem programas próprios. Em 2006, foram oferecidas 100 horas de treinamento durante o ano por pessoa. Cabral explica que a comunicação é muito aberta dentro da Embafort. “Qualquer colaborador da empresa tem liberdade para falar o que pensa”, garante. Na área de produção, há reuniões de cinco minutos realizadas diariamente antes do início da jornada de trabalho. Todos os dias, os seus líderes também se reúnem. A diretoria também faz três reuniões de cinco minutos no início do dia três vezes na semana. Na área comercial, ainda é feita uma reunião mensal para falar sobre o planejamento estratégico da empresa. Todo mês a diretoria é avaliada pelos colaboradores e a cada três meses Cabral divulga um relatório mais profundo, que trata desde os assuntos mais importantes discutidos recentemente até o controle de faltas dos funcionários.


Quando se trata do planejamento estratégico, a Embrafort adotou meios que permitem a participação de todos no processo. A partir de reuniões que começam em setembro e se estendem até dezembro, os colaboradores, com à diretoria de produção e comercial decidem quais são as metas, a viabilidade delas serem alcançadas e as prioridades a curto, médio e longo prazo. O resultado de todo esse processo, Cabral destaca a consolidação da prática dentro da organização, atende aos objetivos estratégicos voltados para a perpetuação da empresa, interage com outras estratégias como a de gestão de pessoas e liderança e, principalmente, os colaboradores têm demonstrado que a mesma traz resultados na melhoria do clima interno e no desempenho dos potenciais líderes. 

Questionado sobre que tipo de líder seria, Cabral destacou dois pontos fortes que diz ter. “Sou um empresário com visão de futuro e entendo fortemente uma questão: a que o verdadeiro patrimônio de uma empresa é formado pelas pessoas”.

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