Poder feminino

No mundo corporativo, segundo o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 40% dos micro e pequenos negócios do Brasil são gerenciados por mulheres hoje em dia.

 

São numerosas as discussões sobre o papel da mulher em ambientes tradicionalmente masculinos. Sobre um ponto, porém, não há dúvidas: elas são extremamente competitivas – e competentes. Com modos de operação e ponderação bastante particulares, as mulheres mostram à sociedade uma nova maneira de gerenciar.

 

É sabido que o comportamento gerencial das mulheres é multifacetado, pela capacidade feminina de dar atenção a diversos assuntos simultaneamente e de serem, elas, formadoras natas de pessoas. A gestão feminina ganha força também pela clareza dos ideais e pela qualidade na gestão de pessoas – a gestão feita pela mulher é mais sensível para criar e manter uma cultura ética, talvez pelo fato de o gerenciamento feminino tender a ser permeável, multidisciplinar e mais flexível para lidar com questões intangíveis.


Hoje, essas características podem ser comprovadas por estudos científicos. O professor do Departamento de Psicologia da universidade de Yale, o norte-americano David Caruso, defende a tese de que as mulheres têm uma inteligência emocional diferenciada e, por isso, se tornam mais eficientes nas lideranças.


No mundo corporativo, segundo o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 40% dos micro e pequenos negócios do Brasil são gerenciados por mulheres hoje em dia. Em 2007, o Global Entrepreneurship Monitor (GEM) indicava que 53% dos novos empreendimentos no mundo – aqueles com menos de 42 meses de criação – tinham uma mulher à frente de sua administração.


De todos os 54 países estudados pelo GEM, o Brasil está entre os que, percentualmente, têm maior número de mulheres comandando seus negócios. Esse dado fortalece a tese de que, desde meados de 2007, a mulher empreendedora brasileira é socialmente aceita.


Outro dado importante indicado pela pesquisa é a motivação que tem levado essas empreendedoras a abrir um negócio. Até 2008, o incentivo para as mulheres se lançarem ao empreendedorismo era principalmente uma necessidade financeira. Em 2009, esse quadro mudou. Pela primeira vez, as brasileiras tomam a decisão de assumir a gestão empresarial porque têm a capacidade de detectar oportunidades no mercado de trabalho.
 

As mulheres vêm conquistando espaço de forma simétrica à evolução do olhar que a sociedade dedica a elas. O Sebrae, por exemplo, criou em 2004 o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, que incentiva o empreendedorismo feminino e mostra à comunidade exemplos de vida e superação de mulheres bem-sucedidas na condução de seus próprios negócios.


A Fundação Nacional da Qualidade também é fórum para discussões nas quais as executivas têm debatido, por exemplo, a questão da ética empresarial. O tema, cada vez mais relevante para as organizações se tornarem transparentes, será abordado durante o 18.º Seminário Internacional em Busca da Excelência, marcado nestes dias 9 e 10 de junho, em São Paulo.
 

O novo papel da mulher passará a ser cada vez mais foco dessas discussões, e sua presença em posições estratégicas no mercado de trabalho, uma realidade cada vez mais presente.

Patrocinadores dessa edição
Saiba como patrocinar Patrocinadores45
Loading
Comentários
Para escrever comentários, faça seu login ou conecte-se pelo Facebook ou Linkedin
Carregando... Loading
Carregando... Loading