Investimento que traz resultado

Francisco Teixeira Neto, especialista de Projetos da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ)

Para as empresas sobreviverem no mercado, hoje não é mais suficiente que seus líderes se mantenham atualizados sobre o segmento do negócio em que atuam. É também preciso eles busquem conhecimentos e desenvolvam competências que lhes permitam fazer a gestão de pessoas, das finanças, da produção e da inovação, dentre outras atribuições consideradas fundamentais na condução com sucesso de um negócio, independentemente do porte ou setor de seu empresa.

Ser competitivo está cada vez mais complicado. Não basta simplesmente oferecer produtos e serviços de qualidade para se manter no mercado, empresas como Mappin, Varig e Encol são prova disso. As organizações necessitam superar os desafios que envolvem a gestão de negócios no curto, médio e longo prazos, o que pressupõe a qualidade da gestão.

Pesquisa recente do The Boston Consulting Group (BCG) aponta que investimento em liderança e gestão de talentos traz retorno significativo aos negócios, aumentando seu faturamento e obtendo lucro mais rápido. O estudo quantificou o retorno que as empresas podem esperar ao melhorarem suas práticas de liderança e gestão de talentos. As cinco companhias com melhor desempenho superaram, substancialmente, as cinco últimas, aumentando os lucros 1,5 vez e as receitas, 2,2 vezes mais rápido.

Esses ganhos de desempenho se tornam ainda mais representativos quando líderes exercem um papel ativo e direto no desenvolvimento de futuros profissionais e gestores de talentos. As três competências de liderança e de gestão de talentos com maior correlação com o desempenho empresarial foram: a capacidade de traduzir os planos em iniciativas claras e mensuráveis, o tempo dedicado e a responsabilidade da liderança com o desenvolvimento de talentos.

Cada vez mais empresários estão se dando conta de que assegurar a competitividade e a perenidade de uma organização exige dos líderes e colaboradores uma gestão eficaz e de qualidade. A gestão de pessoas tem se apresentado como uma das competências mais críticas e complexas, dada à diversidade de culturas, gerações, etnias, nível educacional e tantas outras variáveis presentes nas pessoas que compõem os mosaicos de profissionais que formam uma organização. Saber capacitar e reter talentos, estabelecer metas e desafios, supervisionar o cumprimento das atribuições e atingimento dos resultados esperados e dar e receber retorno sobre o desempenho requer muita inteligência emocional, maturidade e capacitação dos gestores e dos liderados.  

A gestão financeira em cenários de inflação e taxas de juros crescentes, inadimplência, pressupõe conhecimentos e habilidades que vão além do controle do fluxo de caixa e do plano orçamentário, para assegurar que as ações e os investimentos previstos não sejam penalizados por uma eventual falta de capital.

Portanto, lideranças que se capacitam trazem, comprovadamente, melhores resultados para as organizações.  No entanto, cabe lembrar que as ferramentas que apoiam a gestão pressupõem que os dados e fatos por elas utilizados sejam comprováveis para que suas metodologias funcionem da forma prevista. Ou seja, a qualidade das informações e dos conhecimentos gerados por elas depende das que a alimentam. Adquirir os conhecimentos necessários é vital para a sobrevivência de um negócio, mas igualmente importante é colocá-los em prática. 

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