Ética e Responsabilidade Social Corporativa nas Pequenas e Médias Empresas da América Latina

Nosso “continente jovem” tem garra suficiente para mudar o resto do mundo.

 

Uma pesquisa qualitativa em doze países mostrou que as pequenas e médias empresas (PMEs) da América Latina têm uma função e penetração em todos os mercados. Entretanto, seu papel se torna essencial quando se voltam para atender consumidores de baixa-renda. Para alcançar esse importante objetivo, procuram servir tanto clientes finais quanto intermediários. Isso as faz desenvolver uma rede sólida e sustentável de responsabilidade social corporativa, da qual participam organizações sociais e governos locais.

Os legisladores da maior parte dos países latino-americanos parecem não apoiar o desenvolvimento da PMEs porque não compreendem que isso seja necessário. A legislação brasileira parece ter dado um passo à frente no fortalecimento e na importância das PMEs, mas os problemas mais sérios ainda não estão resolvidos. De qualquer forma, se servem de benchmarking para a região, só podemos esperar que essa e outras iniciativas sejam bem sucedidas. 

Mais do que nunca, as universidades latino-americanas estão incluindo cursos de Empreendedorismo em seus programas de formação de gestores. Uma nova geração de profissionais bem preparados pode elevar o nível de qualidade e de resultados obtidos pelas PMEs. A economia dos países só tem a ganhar com a educação para a gestão, individual ou em grupos, seja por meio de aulas, seja por seminários, palestras, consultoria e mesmo pela Internet.

Inúmeros programas como os de comércio justo, de inclusão empresarial e outros que encontram êxito a partir de uma idéia original e factível, incentivam a criação de PMEs. Mobilizam-se jovens que começam sua carreira profissional e pessoas mais maduras, que já não encontram eco junto aos quadros diretivos de idade média menos elevada. Nos dois casos, a ética e a responsabilidade jogam a favor do sucesso de tais iniciativas. Entusiasmo juvenil e experiência madura se juntam numa parceria feliz, saudável e de futuro promissor, em todos os sentidos.

A real sustentabilidade das PMEs encontra dois inimigos profundos na América Latina: a corrupção e a informalidade. As novas empresas visam a encontrar alicerces firmes e procuram crescer dentro dos limites da moral, das leis e das normas internas. Além da satisfação de se cumprir o dever, os custos se reduzem. Sistemas decompliance deixam de ser privilégio ou obrigação das organizações de grande porte e hoje se criam instrumentos viáveis e adequados às condições das PMEs. Desenvolve-se um movimento em que a unidade e a integridade das empresas as unem no setor da economia em que desejem operar. Da consciência reta nasce uma rede sustentável de organizações e líderes idôneos. A transparência e a vontade, econômica e política, de agir com ética indicam que a responsabilidade, legal e social, pode se impor na América Latina.

Nosso “continente jovem” tem garra suficiente para mudar o resto do mundo. Tudo depende do bom exemplo, da convicção e da firmeza moral dos líderes. A ética sempre vale a pena.

Patrocinadores dessa edição
Saiba como patrocinar Patrocinadores47
Loading
Comentários
Para escrever comentários, faça seu login ou conecte-se pelo Facebook ou Linkedin
Carregando... Loading
Carregando... Loading