A vida pensada a partir de um modelo de gestão

Marcelo A. dos Santos, coordenador da parceria entre a Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) e a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e integrante do Núcleo de Estudos em Liderança e Diversidade nas Organizações da UPM

Podemos falar de gestão partindo de diversas peculiaridades dentro das organizações. Contudo, preferimos falar de uma pequena parte desta história. Os protagonistas, agora, são as pessoas do dia a dia, que enfrentam todo tipo de adversidade para alcançar os resultados que tanto sonham. Mas, que resultados são esses? 
 
 
Todos lutam para obter bons resultados na vida conjugal, na carreira ou carreira dupla e na educação dos filhos. As pessoas esforçam-se para manter uma gestão de excelência que as levem a ter sucesso nessas três instâncias da vida. Alinhar as expectativas e os planos é essencial para que se possa responder, de maneira ágil e inovadora, aos desafios da vida em sociedade. 
 
Ao ponderarmos sobre a educação e seus impactos, já que ela é responsável pela formação consciente das novas gerações, vemos um motivo de preocupação, uma vez que ela se baseia em um sistema que desvaloriza o “pensar”, prezando métodos que não beneficiam os raciocínios lógicos e críticos dos jovens. O resultado disso é a dificuldade na elaboração de pensamento sistêmico, atuação de forma inovadora, liderança transformadora, entre outras deficiências. 
 
Para exemplificar, preferirmos nos ater à condução que as pessoas dão as suas próprias carreiras, pois a partir de 1990 experimentamos profundas transformações nas relações de trabalho, deparando-nos com o aumento da competitividade em função da globalização e mudanças significativas nos modelos organizacionais. Isso impactou no direcionamento a suas carreiras, pois o profissional será selecionado e valorizado se conseguir alcançar a multifuncionalidade e, assim, atender às várias demandas setoriais de uma empresa. 
 
Para melhor administrar essa instância da vida, independentemente da profissão escolhida, as pessoas precisam saber gerenciar suas carreiras com excelência para obterem sucesso. Nesse aspecto, podemos nos valer do Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), da FNQ, adaptado para a condução da carreira. Para isso, deve-se entender que depende da capacidade de cada um em perseguir seus propósitos e harmonizar suas escolhas com as outras instâncias. 
 
As pessoas poderiam pensar suas carreiras considerando as empresas como clientes, analisando o desenvolvimento do mercado que atuam e suas necessidades, tal como vantagem competitividade com domínio de mercado. Após analisarem a si mesmos como pessoas que podem gerar competência, desempenho e reconhecimento, o próximo passo seria elaborar estratégias e planos que conduzam seus conhecimentos a se tornarem ativos intangíveis e essenciais às empresas. Aliás, só se tornarão ativos essenciais se essas informações e conhecimentos adquiridos forem difundidos e utilizados nas estratégias organizacionais. 
 
Por estarmos inseridos no quadro geral da globalização, as organizações buscam inovações para se manterem vivas e a carreira é algo que deve caminhar dentro deste cenário, pois processos são repensados, novas tecnologias surgem levando em conta a necessidade de profissionais alinhados com as demandas da sociedade, como responsabilidade socioambiental, prevenção de acidentes, acessibilidade etc. 
 
Muito do que foi exposto acima depende da capacidade individual, entretanto, possibilidades podem ser criadas a partir desse modelo, os resultados visados podem ser medidos por indicadores pessoais, como a manutenção da empregabilidade, pois tanto o indivíduo como a empresa são partes interessadas no resultado positivo. Ao sistematizar e, principalmente, ao aplicar os Critérios do Modelo nas nossas vidas, podemos atingir uma gestão com excelência e, assim, quem sabe, deixar para trás esse agir improvisado chamado “jeitinho” brasileiro. 
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