Wilson Ferreira Jr. revela próximos desafios da FNQ em prol da causa da excelência em gestão

Wilson Ferreira Jr. será responsável por, entre outras atribuições, aprovar as estratégias da FNQ, monitorar sua gestão e zelar para que a instituição cumpra sua missão.

 

Os 20 anos de atuação da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) abrem portas para um novo ciclo de trabalho. Nessa etapa que se inicia, despontam inúmeros desafios em prol da excelência da gestão e da melhoria da competitividade das organizações e do país. Em meio a esse cenário, Wilson Ferreira Jr. assume a presidência do Conselho Curador da FNQ com a perspectiva de continuar evoluindo, renovando e inovando nas atividades da instituição.

 

Engajado na causa da excelência desde 2007, quando assumiu a vice-presidência do Conselho da FNQ, o executivo também ocupa, atualmente, o cargo de presidente do grupo CPFL Energia, holding que controla todas as participações do Grupo CPFL nos segmentos de distribuição, geração, comercialização e serviços na área de energia.

 

 

Com mandato até junho de 2013, Ferreira Jr. será responsável por, entre outras atribuições, aprovar as estratégias da FNQ, monitorar sua gestão e zelar para que a instituição cumpra sua missão. Em entrevista exclusiva à FNQ em Revista, o presidente do Conselho revela o papel e os desafios da Fundação no atual momento econômico do Brasil, bem como de que forma pretende contribuir para que alcance seus objetivos.

 

 

Como você recebeu a notícia de ter sido escolhido para presidente do Conselho Curador da FNQ?

Recebi o convite do Comitê Executivo da FNQ com um duplo sentimento: o da responsabilidade em liderar uma instituição que, há 20 anos, cuida de um tema que sempre foi muito caro para mim, e o de apreço quase vocacional de um militante da qualidade, ou de forma mais ampla e atual, de um defensor da causa da excelência na gestão. Acredito que esses anos de convívio e atuação no Comitê Executivo da FNQ, além de muito prazerosos pela distinção e envergadura de seus integrantes, fortaleceram em mim esses sentimentos, os quais me estimulam no desafio de direcionar a Fundação ao cumprimento de sua missão.

 

Como você vê o papel da FNQ no momento econômico atual do Brasil?

 

O Brasil vive um bom momento, apesar do cenário econômico internacional de turbulências, e acredito que o País pode enfrentar com sucesso os desafios da complexidade e da imprevisibilidade da realidade mundial. Felizmente, hoje se contam às dezenas as empresas brasileiras de classe mundial capazes de atuar como organismos vivos e de exercer uma visão estratégica de longo prazo, cujos reflexos são perceptíveis na abertura e qualificação de oportunidades no mercado de trabalho, no posicionamento competitivo no cenário nacional e internacional, no aumento da renda dos trabalhadores e em sua mobilidade social, e na qualidade de vida da população. Estou certo de que, não apenas no setor privado, o País pode contar com a FNQ para acelerar esses avanços. Além disso, acredito que a Fundação deve ampliar sua capacidade de influenciar outros setores empresariais, em adição aos que já lideram o esforço nacional, visando o aumento de nossa qualidade, produtividade e competitividade. 

 

Que desafios você enxerga para a FNQ nesta nova fase?

Nos últimos anos, as crises internacionais evidenciaram que estamos expostos a um ambiente permanente de mudanças. Essas crises, no entanto, não são consequência de um fator específico, mas de um conjunto de determinantes políticas, éticas, além de aspectos associados a hábitos de consumo. E os sinais de mudanças nos padrões de produção e no estilo de vida podem ser observados em todo o mundo. As pessoas estão incorporando um novo estilo de vida e exigindo das empresas que se adaptem a essa mudança. O mercado de capitais tende a precificar empresas comprometidas com os conceitos de sustentabilidade. Pontos cruciais de infraestrutura e desenvolvimento, questões como segurança energética e o aporte necessário de capacidade para atender o crescimento econômico fazem com que o entendimento dessas transformações ganhe dimensão ainda mais ampla.

 

É nesse cenário de escassez de recursos e de excesso de informações, que solicitam agilidade de respostas, que o portfólio da FNQ precisa estar percebido como útil e aplicável, e traduzido como um produto de agregação de valor para as organizações e partes interessadas.

 

 

Enxergo que o maior desafio da Fundação Nacional da Qualidade é atingir de forma mais contundente os grandes temas da agenda nacional e contribuir na solução de questões estratégicas de interesse da sociedade brasileira. E, para isso, a FNQ precisa aglomerar mais adeptos à causa da excelência na gestão.

 

 

Como você acha que pode contribuir com essa nova etapa?

 

O movimento brasileiro pela excelência e qualidade da gestão está completando 20 anos de existência, com um saldo positivo em termos de aumento da eficiência e da competitividade das empresas brasileiras. A instituição de uma fundação para gerir um programa consistente de estímulo à qualidade – que deu origem à Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) – certamente é um dos fatos marcantes desse movimento.

 

De certa forma, considero que pude contribuir para esse movimento virtuoso de evolução, tanto como usuário dos conceitos e ferramentas da qualidade, como indutor para a utilização do modelo de excelência da gestão no setor de distribuição de energia elétrica no Brasil.

 

 

Durante minha trajetória de mais de vinte e cinco anos de atuação em empresas do setor elétrico, convivi e patrocinei de forma permanente os temas de qualidade e excelência da gestão nas organizações que dirigi, e pude constatar os resultados associados. Desde 1999 as distribuidoras de energia elétrica brasileiras já utilizam modelos de referência e submetem suas práticas de gestão às avaliações externas – nas dimensões da avaliação pelo cliente, gestão operacional, gestão econômico-financeira, gestão da qualidade e gestão da responsabilidade social – no âmbito do Prêmio Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica).

 

 

Muito do sucesso das empresas distribuidoras de energia nos últimos ciclos de avaliação do PNQ deve ser atribuído ao ambiente de mobilização e de benchmarking criado na Associação. A partir dessa experiência exitosa, acredito na possibilidade de poder estimular e aglutinar organizações de outros setores da economia em torno do tema da gestão.

 

 

Que mensagem você gostaria de deixar para todos aqueles envolvidos, interessados e engajados com a causa da FNQ?

 

O Brasil encontra-se no limiar de um ciclo sustentado de crescimento econômico. Estou certo de que a velocidade e a dimensão do crescimento que poderemos alcançar nos próximos anos será razão direta do aumento da eficiência na gestão dos grandes projetos e dos principais programas públicos brasileiros. Por essa razão, vejo com otimismo renovado que o tema gestão ocupa espaço cada vez mais relevante nas agendas governamentais em todos os níveis, começando pelos sinais que vêm sendo dados pelo governo federal. Os resultados, certamente, serão positivos, contribuindo para a sustentabilidade do crescimento, para a melhoria da qualidade dos serviços públicos e, principalmente, para o resgate da confiança da sociedade na administração pública brasileira.

 

O momento atual do Brasil deve ser acompanhado pelo momento da gestão – e a FNQ pode aderir, facilitar ou protagonizar essa tese. Estimulo as organizações parceiras a uma reflexão conjunta e convido novos adeptos à causa da FNQ ao diálogo propositivo.

 

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