Parceiros da Petrobras se unem para melhorar gestão da cadeia de fornecedores

Em entrevista exclusiva à FNQ em Revista, o assessor do presidente da Petrobras, Sydney Granja Affonso, apresenta os planos e trabalhos desenvolvidos pela rede.

 

Em um cenário econômico brasileiro com o setor de petróleo e gás natural aquecido, investir no aperfeiçoamento da gestão da indústria nacional de bens e serviços é uma oportunidade única para transformar essas organizações em Classe Mundial. Pensando nisso, a Petrobras, em parceria com cerca de 80 entidades, criou a Rede de Melhoria da Gestão da Cadeia Nacional de Bens e Serviços.


Entre os parceiros estão a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) e o SEBRAE, que, juntos, coordenam o grupo de trabalho de melhoria da gestão empresarial. Suas atividades têm como foco promover a competitividade sustentável das empresas da cadeia de fornecedores; desenvolver mecanismos para a eficiência da gestão; capacitar profissionais e empresários em gestão; criar uma logística integrada do projeto à instalação e mudança de escala – complexidade e porte – do transporte e serviços de apoio. Para a eficácia desse programa, as instituições disseminam o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) a fim de incentivar a busca da excelência na cadeia de fornecedores.


Em entrevista exclusiva à FNQ em Revista, o assessor do presidente da Petrobras, Sydney Granja Affonso, apresenta os demais planos e trabalhos desenvolvidos pela rede, bem como os ganhos para a cadeia de fornecedores ao investir na melhoria da qualidade da gestão.

Do ponto de vista da gestão, qual o cenário atual da cadeia de fornecedores da Petrobras?

A cadeia nacional de fornecedores é bastante heterogênea, seja em função da região, porte, posicionamento nesta cadeia, etc. Como forma de apoiá-los, a Petrobras vem trabalhando em diversas iniciativas, promovendo qualificação profissional, financiabilidade, eliminação de gargalos tecnológicos, desenvolvimento de micro e pequenas empresas e melhoria da qualidade da gestão empresarial e pública. Entre esses trabalhos está a Rede de Melhoria da Gestão da Cadeia Nacional de Bens e Serviços, cujas atividades são orientadas para resultados e valores, aliando competição com cooperação e integração das iniciativas. O projeto conta com a participação de representantes governamentais, empresariais, sindicais e instituições voltadas à melhoria da gestão.
 

Qual o objetivo da Rede?
Criada em 2009, a Rede de Gestão pretende contribuir com a melhoria da gestão na cadeia nacional de fornecedores de bens e serviços da Petrobras, tornando-a mais competitiva em escala global; sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental; e com elevada capacidade de inovação, mobilização e integração. Para isso, foi definido um plano estratégico, composto por um conjunto de 12 programas com seus respectivos projetos e ações. Entre os principais programas está o desenvolvimento de pólos empresariais e arranjos produtivos locais; modelos de melhoria contínua da gestão empresarial; modernização da gestão pública; fortalecimento da engenharia brasileira; desenvolvimento da cadeia de fornecedores da América Latina e capacitação de competências. 

De que forma a parceria entre várias instituições contribui para a disseminação da qualidade da gestão para a cadeia de fornecedores da Petrobras? 

A participação do GesPública (Programa de Modernização da Gestão Pública do Ministério do Planejamento) permitirá reduzir obstáculos da gestão empresarial, tais como procedimentos burocráticos que impactam a competitividade da cadeia de fornecedores. Já as demais entidades integrantes da Rede de Gestão facilitarão a integração entre os elos da cadeia, o que permitirá o reposicionamento de setores empresariais, levará a um melhor conhecimento do mercado - evitando duplicidade de esforços e desperdício de recursos – e, por fim, promoverá complementaridades e potenciais de cooperação entre os fornecedores, com redução de riscos.


Que ações práticas serão desenvolvidas para estimular a cadeia de fornecedores a buscar a excelência da gestão? 
A utilização do MEG, disseminado pela FNQ, por exemplo, pode identificar oportunidades de melhoria, assim como a utilização do Programa IEL (Instituto Euvaldo Lodi/CNI) de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (PQF), as discussões da MEI (Mobilização Empresarial pela Inovação) e os cursos do SEBRAE contribuirão para o desenvolvimento gerencial. Estamos estudando também a criação de um centro de inteligência em gestão e inovação no Nordeste, região que apresenta maior deficiência nas práticas da gestão.

 

Quais os desafios da Rede?
Um dos desafios é obter resultados em tempo hábil, alavancando as empresas brasileiras e reduzindo as importações. Isso reforça a necessidade de disseminação do conhecimento estratégico, capacitação em gestão e apoio tático e operacional para a interação entre as empresas e os diversos elos da cadeia..


Quais os ganhos para a cadeia de fornecedores da Petrobras, ao investir na melhoria da gestão?
Alguns países ainda encontram dificuldades em relação à recente crise econômica e, aliado a isso, o investimento estatal brasileiro é o maior de nossa história. Levando esse cenário em consideração, o sucesso das empresas fornecedoras de bens e serviços da indústria nacional de petróleo e gás natural poderá torná-las players mundiais, fortalecendo nosso comércio exterior.


Em que fase está o trabalho desenvolvido pela Rede e quais os próximos passos?
Neste momento, estamos em fase de instalação da Secretaria Executiva, negociações com patrocinadores e estudo de convênios para viabilizar os programas. Já os projetos dos respectivos programas da Rede de Gestão serão trabalhados junto aos Estados para integrar as atividades. Tudo isso com rastreabilidade para garantir a efetividade das ações realizadas.

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