O desafio está na atuação coletiva e sistêmica

A Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) entrevistou mais um palestrante que participará do 22º Seminário Internacional em Busca da Excelência no próximo dia 21 de maio, em São Paulo. Desta vez, falamos com o executivo da área de desenvolvimento de produtos da Bosch, Luiz Lunkes, que adiantou alguns pontos de sua apresentação e comentou sobre os desafios do futuro que emerge.

Lunkes é aluno do Dr. Otto Scharmer, o palestrante internacional que fará a abertura do evento.

 O que você abordará no painel?

Durante o Seminário Internacional, farei um breve resgate sobre a história do Robert Bosch, fundador da empresa, em uma visão atualizada ao contexto do século 21. Acredito que seja importante revisitar a história do início da organização e a pessoa do Sr. Robert Bosch para falar do momento em que estamos vivendo e como vemos o futuro, traçando um paralelo entre o perfil de liderança do executivo e as lideranças frente aos desafios do futuro emergente.

A empresa tem mais de 100 anos de história, passou por transformações ao longo do tempo, mas sempre procuramos resgatar esta linha mestra da atenção do fundador com as pessoas e a sustentabilidade.

A Robert Bosch percebe que a forma de operar que as corporações estão usando desde o final do século 20 não vai se sustentar no tempo e tem realizado várias iniciativas transformadoras, abrangendo todos os níveis organizacionais.

Como as empresas estão se preparando para o futuro?

O futuro que está emergindo ainda não está claro. Na minha opinião, a resposta estará fundamentalmente nas pessoas. As empresas que estiverem preparando suas lideranças e as pessoas para um maior nível de consciência pela coletividade se destacarão.

Muito desse desenvolvimento está nas lideranças, no seu nível de consciência. É fundamental compreender que precisamos atuar sistêmica e coletivamente para que as iniciativas se conectem. O desafio está em um propósito maior, que vai além dos resultados de curto prazo. Precisamos ver a organização com um ser vivo.

A base da vida é a estrutura sistêmica em rede, que é um dos princípios da geração e existência dos ecossistemas - não só da natureza, mas social e econômica.

 O que a Bosch tem feito para se preparar para o futuro?

A Robert Bosch teve diversas iniciativas neste sentido, que vão desde o diálogo das lideranças com os colaboradores até as ações sociais com iniciativas dos próprios colaboradores. O Instituto Robert Bosch promove e suporta essas ações.

Qual a importância de colocarmos em discussão esse tema?

Falar disso é absolutamente necessário e crucial. Os recursos e a capacidade de regeneração são limitados, inclusive o mais precioso dos recursos, que é o tempo.

Precisamos compreender que só uma transformação no mundo fará que não sejamos ego-centrados, mas eco-centrados; e isso inicia-se na ampliação da consciência das lideranças das organizações.

Loading
Comentários
Para escrever comentários, faça seu login ou conecte-se pelo Facebook ou Linkedin
Carregando... Loading
Carregando... Loading