Investimento em gestão e em inovação traz reconhecimento à MPE do RS

A combinação de empreendedorismo e inovação deu a uma pequena empresa de Santa Rosa (RS) o reconhecimento na etapa Nacional do MPE Brasil - Prêmio de Competitividade de Micro e Pequenas Empresas, iniciativa do Sebrae, do Movimento Brasil Competitivo (MBC), da Gerdau e da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). A Biotecno foi premiada nas duas categorias que participou durante o ciclo 2013: INDÚSTRIA e DESTAQUE INOVAÇÃO. A empresa conquistou espaço no mercado ao viabilizar uma patente reconhecida internacionalmente que produz câmaras para a conservação de medicamentos. Em entrevista ao Portal da FNQ, o Diretor da Biotecno, Nerci Linck, falou sobre a premiação e os desafios da empresa após o reconhecimento.

Qual a importância deste reconhecimento para a Biotecno?
É um motivo de grande orgulho para todos nós. Foram 93 mil participantes na edição 2013 do MPE Brasil e termos conseguido o reconhecimento Nacional é muito gratificante, ainda mais em um mercado tão competitivo como o nosso. Acho que tudo isso é resultado de uma equipe focada e dedicada. 
 
O que vocês trouxeram de inovador para o mercado e de que maneira isso foi fundamental na premiação?  
Foi preponderante para vencermos esse prêmio, termos investido na estrutura de organização da nossa empresa, que obedece aos critérios da ANVISA e o fato de nós, há 3 anos, conquistarmos os certificados, podendo assim registrar nossos produtos na  ANVISA, que é bastante criteriosa. E na questão da inovação tecnológica, acredito que o reconhecimento tenha acontecido por conta do produto que concorremos. É um produto que vem de encontro a uma necessidade de saúde fundamental do Brasil. O que a Biotecno criou não existia no mundo, que é um sistema de guarda e conversação de vacinas que garante o controle exato de temperatura, a permanência da aplicabilidade das vacinas, por ser um equipamento completo. É uma câmara de conservação móvel que permite diversos usos, a vacina está sempre conservada. Sabemos que colocar a vacina apenas no gelo não dá segurança e o equipamento dá essa segurança. Trouxemos para o mercado algo que não existia e o principal de tudo é que é uma criação de uma pequena empresa.  Muitas vezes a inovação não vem de uma grande empresa, estruturada. Precisa ter o empreendedorismo e a vontade de fazer o melhor e buscar o diferente. E o Brasil por ser um país democrático permite que uma empresa do Rio Grande do Sul consiga ter um produto inovador.
 
De que maneira o produto impactou o Brasil? E quem são os clientes da Biotecno?
O Brasil perdia milhões de vacinas pelas constantes quedas de energia. Uma queda de energia de 10 minutos já comprometia tudo. Hoje 50% das nossas vendas são canalizadas para órgãos públicos, como as secretarias municipais de saúde, também fornecemos  para clínicas particulares.
 
E quais são os planos daqui pra frente?
A partir de agora a Biotecno atingiu o cume da montanha e provavelmente seja o último ano que nós seremos uma pequena empresa, a partir de agora acredito que seremos maiores. O que implica em oponentes maiores e outros desafios.
 
O que você diria para um empreendedor que está começando agora o seu negócio?
Você tem que fazer o que gosta. O lucro tem de ser consequência do teu trabalho, e não a primeira expectativa do negócio. Os resultados virão com a dedicação, o comprometimento e a vontade de fazer o melhor. 
 
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