Comércio eletrônico é opção para expandir negócios das MPEs

Em entrevista exclusiva ao FNQ em Revista, o CEO da Ludatrade e representante da Alibaba.com no Brasil, Kenneth Ma, revela as vantagens, as perspectivas e os segredos para o sucesso dos empreendedores com o e-commerce

 

Defensor do e-commerce como ferramenta para expansão das micro e pequenas empresas, o CEO da Ludatrade e representante da Alibaba.com no Brasil, Kenneth Ma, não hesita em dizer que as empresas precisam inovar sua forma de fazer negócios e utilizar as facilidades do comércio eletrônico para encontrar compradores e fornecedores para seus produtos e serviços, em qualquer lugar do mundo. Segundo o executivo, esse é o segredo para quem busca se destacar e sobreviver às constantes transformações econômicas e sociais que afetam o mercado global. Em entrevista exclusiva ao FNQ em Revista, ele revela as vantagens, as perspectivas e os segredos para o sucesso dos empreendedores com o e-commerce.

 

Como você convenceria as MPEs de que atuar com e-commerce é um bom negócio?

O comércio eletrônico chegou para revolucionar as negociações mundiais. É uma ferramenta inovadora, que permite identificar oportunidades em qualquer lugar do mundo e a qualquer hora. Com acesso rápido e ilimitado, o mundo virtual permite um canal direto de negociações, com baixo custo das transações. E o melhor de tudo: permite que as MPEs alcancem o mercado internacional, coisa que, até então, só as grandes tinham recursos para fazer. O e-commerce já é uma oportunidade.

 

Ainda há muitos desafios, como ausência de contatos internacionais e capital limitado, que preocupam as MPEs interessadas em trabalhar com comércio eletrônico. De que forma é possível superar esses obstáculos?

Hoje existem ferramentas de marketing online muito eficientes e a exibição virtual é a melhor forma de conquistar clientes, porque seus produtos ficam expostos o tempo todo. Sem contar que, na internet, é possível encontrar um mailing global de empresas, estabelecer parcerias e se comunicar rapidamente com compradores e fornecedores. O portal Alibaba.com, por exemplo, é uma plataforma B2B que reúne vendedores e compradores do mundo todo em um mesmo local, facilitando os negócios nacionais e internacionais das MPEs.

 

O que é necessário para utilizar o Alibaba.com?

O comprador tem acesso livre a todos os fornecedores. Já para o fornecedor, há duas opções: experimentar os serviços gratuitamente por um período, apenas para entender como funciona o site, mas sem oficializar compras; ou tornar-se um membro/parceiro do portal, o que garante confiabilidade para quem compra e permite as negociações.

 

Ao ingressar no comércio eletrônico, qual o impacto na força de vendas de uma empresa?

Não há dúvidas de que o modo tradicional de fazer negócios será impactado, uma vez que mais pessoas vão comprar pela internet. Então, as lojas físicas terão que se adaptar e repensar a atuação da força de vendas, com foco no mundo eletrônico. É preciso entender as demandas e necessidades dos compradores virtuais, em geral jovens que querem produtos exclusivos e personalizados. Com a internet, é possível atender os anseios dos novos consumidores. Logo, se o empreendedor tradicional não se adaptar a essa realidade virtual, vai acabar perdendo espaço para o pequeno empresário criativo.

 

Quais as perspectivas para o comércio eletrônico a longo prazo?

A internet é a ferramenta do presente e do futuro. Em pouco tempo, as vendas eletrônicas serão muito maiores do que nas lojas físicas. Isso já acontece com o setor automobilístico. E as empresas brasileiras, com seus produtos altamente qualificados e singulares, têm tudo para crescer com o e-commerce. Se, em 2009, as vendas online movimentaram R$ 6 bilhões, a previsão é que esse índice aumente de cinco a oito vezes nos próximos dez anos. Tenho certeza de que entrar no comércio eletrônico será como ganhar na loteria.

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