Ousadia, rapidez e inovação: as marcas das startups

Por Jairo Martins, presidente executivo da FNQ

Com propostas ousadas e inovadoras, as startups vêm ganhando espaço e consolidando-se como modelo de negócios de grande potencial econômico. Até mesmo as empresas mais tradicionais no mercado têm enxergado oportunidades e investido em parcerias. De fato, as startups tornaram-se um fenômeno e criaram sua própria maneira de empreender e gerir.

Não é por acaso que o dinamismo e o sistema operacional das startups têm sido estudados nas escolas de administração ao redor do mundo. Ao contrário do modelo das empresas tradicionais, que faz previsões de riscos em períodos de médio e longo prazo e projetam cenários econômicos mais estáveis, não considerando a atual situação do mercado, as startups estão imersas em um ambiente de incertezas, que requer estratégias e decisões mais rápidas.

Aqueles que escolhem se aventurar no meio, precisam estar preparados para aprender com os erros e a reinventar-se, além de exercer o espírito empreendedor. Mas, sobretudo, o desenvolvimento de uma boa gestão é essencial para a plenitude do negócio e, da mesma forma, as startups precisam de um planejamento e de atitude para alinhar plenamente todas as áreas.

É necessário agilidade para se testar hipóteses, validá-las ou modificá-las até que se chegue a um produto inovador e de alto impacto na sociedade. Deve-se considerar dias e até semanas para que uma startup faça alterações no seu produto ou serviço, podendo até mudá-lo totalmente. Já nas empresas tradicionais, os processos estabelecidos e a rigidez para aprovação de projetos sofrem diversos entraves e, muitas vezes, não saem do papel. Esse reconhecimento e essa limitação têm feito as próprias empresas fomentarem startups “dentro de casa”. Em outros casos, algumas multinacionais acabam fornecendo, inclusive, capital inicial para empreendedores colocarem as ideias em ação.

No DNA desse modelo de negócios está o aprendizado com o erro e a falha é valorizada. Falhar não é o problema e sim, uma solução para criar algo novo e inusitado. Em meio ao cenário econômico e político de tanta instabilidade e incertezas, as empresas têm aprendido na “marra” como falhar, como recuperar seus negócios e como agir de maneira mais rápida e assertivamente.  No ecossistema cada vez mais colaborativo e interativo, é de se esperar que as startups se consolidem. Temos muito o que aprender com elas.

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