A sustentabilidade na pauta do dia

Muitas organizações públicas e privadas estão introduzindo práticas menos agressivas ao meio ambiente. Reduzindo emissões e resíduos, praticando a reciclagem, diminuindo o consumo de recursos renováveis e não renováveis.

A sustentabilidade está na ordem do dia, seja nas organizações públicas, nas privadas ou na sociedade. Para discutir de que forma todos podem cooperar e inovar para buscar o crescimento sustentável, a Fundação Nacional da Qualidade promoveu o 19º Seminário Internacional Em Busca da Excelência. Empresas como Itau Unibanco, Wal-Mart, Braskem, Natura, Instituto Akatu, PepsiCo, Santander e Elektro foram convidadas para apresentar, em diversos painéis, as mais variadas práticas de sustentabilidade, de acordo com os segmentos de seus negócios. 

No mesmo evento, a ex-senadora e ex-ministra Marina Silva apresentou sua palestra, propondo novas dimensões para a sustentabilidade: além das tradicionais da triple bottom line (a social, a econômica e ambiental), ela sugeriu que fossem acrescentadas a política, a ética, a estética e a cultural. 

Ainda no seminário, o ex-ministro do Meio Ambiente do México Victor Lichtinger disse que se sentia frustrado. Perguntado se poderia dar alguma sugestão ao governo brasileiro com base na sua experiência, ele declarou que não. Lichtinger afirmou que não conseguiu convencer o então presidente Vicente Fox de que a transversalidade da defesa da ecologia obrigaria a que todos os ministérios tivessem uma área ambiental.

Tão em voga no momento, as preocupações com o mundo sustentável circulam na Bolsa de Valores de São Paulo, em que o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi posto em pauta no dia 15/6 onde o Centro de Estudos de Sustentabilidade promoveu audiência pública para discutir os indicadores a serem usados em 2011. Uma novidade será o estímulo à transparência das respostas aos questionários, que contará ponto. Segundo a representante da Bolsa, é evidente que, cada vez mais, investidores e clientes procuram fazer negócios com empresas que evidenciem o respeito ao meio ambiente. 

Por vezes, certas práticas sustentáveis poderiam ser classificadas como mito: quando uma empresa economiza água ou energia, será que ela pode ser considerada sustentável só por causa disso? Em princípio sim, mas não é essa também uma forma de reduzir seus custos? Trata-se de uma preocupação social, ambiental ou realidade econômica? A nova norma internacional sobre gestão da energia, já publicada no Brasil como ABNT NBR ISO 50001, certamente será uma contribuição valiosa para as empresas otimizarem a utilização de recursos como a energia elétrica e outros.

Já lá fora, a revista britânica Quality World dedica quase toda a sua última edição ao assunto. Desde a capa verde, o periódico publica diversos artigos sobre sustentabilidade. Em compensação, informa que uma grande proporção das empresas que compõem o FTSE 350 Index não apresentou uma garantia de sustentabilidade em nível aceitável, mesmo porque as entidades que emitiram certificados de cumprimento de exigências não atendiam a requisitos mínimos.

Em suma, embora haja controvérsias entre cientistas sobre se o aquecimento global é mesmo uma realidade comprovada, é certo que muitas organizações públicas e privadas estão introduzindo práticas menos agressivas ao meio ambiente. Reduzindo emissões e resíduos, praticando a reciclagem, diminuindo o consumo de recursos renováveis e não renováveis, entre outras questões, no final das contas, estaremos melhorando a qualidade de vida no nosso planeta.

 

O artigo é uma adaptação do texto escrito pelo autor e publicado na revista Banco Hoje.

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