O que esperar de 2016?

Presidente executivo da FNQ afirma que é preciso recuperação para voltar a crescer

Após um ano de instabilidade econômica, política e social, observamos um movimento em busca da recuperação da imagem e da gestão brasileiras. Atento à movimentação, o presidente executivo da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Jairo Martins, chama a atenção para a necessidade de unir esforços para voltar a crescer.
 
O executivo ressalta, em entrevista, a importância da coragem, dos valores éticos e da educação para enfrentar os desafios que virão. “Se juntarmos governantes, empresários, sociedades e os próprios cidadãos, recuperaremos o nosso País”, afirma. Confira a íntegra:
 
2015 foi marcado pela instabilidade política e econômica. Qual o balanço da gestão brasileira neste ano? 
 
Durante este ano, observamos o desencadeamento de problemas econômicos sérios e sem precedentes. Essa crise é a razão da instabilidade política e social, uma vez que registra aumento nos índices de desemprego, perda do patamar mundial adquirido ao longo da história brasileira e aumento da inflação. 
 
O que podemos dizer é que estamos diante de uma grande oportunidade. É hora de rever o modelo de gestão atual para poder recuperar a confiança do País.
 
O que devemos esperar para 2016?
 
O primeiro ponto é a resolução da crise política. A partir daí, podemos atacar os problemas mais sérios, como a inflação e a recuperação da indústria. Se nós fizermos essa lição de casa, 2016 será um ano de ajustes e, apenas em 2017, começaremos a sentir as melhorias. O que é preciso, no entanto, é um alinhamento público-privado que esqueça suas ideologias políticas e seus partidos para recuperar o Brasil. A prioridade tem de ser o País.
 
Quais os principais ensinamentos para o próximo ano? E os desafios?
 
Temos duas confianças para recuperar: a interna, do próprio brasileiro, que está desacreditado diante da instabilidade socioeconômica, e a externa, com a reputação abalada e pouco atrativa para novos investimentos. O desafio principal será estabelecer um processo de reconstrução do País.
 
Como o incentivo às boas práticas de gestão ajudam as organizações a se recuperarem de um ano de crise?
 
Sem dúvidas, as organizações adotam as boas práticas porque precisam melhorar sua produtividade, fazer mais com menos, ou seja, utilizar melhor os seus recursos, rever processos, contar com pessoas capacitadas, ter boas lideranças e governança para gerar mais valor. 
 
O governo, por sua vez, precisa criar um ambiente propício para estimular os negócios e cuidar dessa infraestrutura básica, que se volta para práticas que valorizam a educação e não na carga tributária elevada e da burocracia, que prejudica a todos.
 
Quais as perspectivas para o trabalho realizado pela FNQ junto às organizações?
 
Em 2016, a FNQ entrará em um novo ciclo, com focos estratégicos voltados para a melhoria da produtividade das organizações e da competitividade do País até 2020. Além disso, procuramos estimular a sustentabilidade e o engajamento da sociedade. 
 
Queremos desenvolver indicadores que mostrem esse engajamento. Com isso, entramos em um novo processo, em que mudamos o mote da FNQ de “excelência da gestão” para “gestão para a excelência”, ou seja, queremos estimular boas gestões para atingir a excelência.
 
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