Fundação Nacional da Qualidade comemora 25 anos

Em meio às comemorações do primeiro jubileu da FNQ, Jairo Martins ressalta trajetória rumo à excelência e traça perspectivas para o futuro

Embora jovem, a FNQ traz, em sua bagagem, muitos aprendizados e vitórias nesta trajetória de busca constante da gestão para excelência, auxiliando profissionais e organizações a aprimorarem seus processos gerenciais com foco na melhoria de seus resultados, contribuindo, deste modo, para o crescimento dos setores, os quais representam, e do País.

Para comemorar o primeiro jubileu da Fundação, entrevistamos o presidente executivo da FNQ, Jairo Martins, que fala sobre os 25 anos de promoção da qualidade na gestão das organizações brasileiras. Confira:

Como você observa a trajetória da FNQ ao longo desses 25 anos?
Jairo - A FNQ nasceu pela vontade de criar algo importante para o empresário, em meio a uma mobilização para o tema da qualidade, em 1991. Com o passar dos anos, nos alinhamos às necessidades dos âmbitos públicos e privados e começamos a nos estabelecer como um centro de referência para os assuntos relacionados à gestão.

No mesmo ano, criamos o Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ) para promover o aperfeiçoamento da gestão, o aumento da competitividade das organizações e, consequentemente, para a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.  A partir de 1995, a FNQ começou a estruturar um modelo de referência para gestão, baseado na estrutura do Malcolm Baldridge National Quality Award e, no ano 2000, lançou a primeira versão do Modelo de Excelência da Gestão® - MEG, o primeiro programa genuinamente brasileiro de gestão.

Temos uma trajetória que demonstra que estamos observando o cenário sociopolítico, econômico e social e nos adequando a ele. Eu acredito que a palavra de ordem agora é adaptabilidade. Hoje, estamos em um momento de grandes oportunidades e isso nos faz querer ajudar o País. Esse é um novo passo para o Brasil e nós enxergamos isso como nossa tarefa. Esse é o momento da FNQ.

Qual é a principal conquista da FNQ nesses 25 anos?
Jairo - A principal conquista foi olhar o Brasil como uma grande cadeia de valores. Ter um modelo de gestão estruturado e atualizado, que atende tanto as micro, pequenas empresas e as cooperativas quanto as médias e grandes empresas dos setores público e privado mostra o nosso compromisso de estimular melhorias na gestão das organizações.

Com o MEG, procuramos corresponder às expectativas de valor dentro e fora do País e nos mantermos atualizados quanto aos assuntos de relevância para o âmbito corporativo e social. Estamos entrando na 21ª edição desse modelo, essa é uma demonstração de que o Brasil pode ser uma referência em gestão.

É uma curiosidade mundial como conseguimos ter um único modelo sendo utilizado por empresas de diversos tipos. Nesse quesito, somos referência. Essa é uma conquista nossa. Todo ano, registramos aumento no número de empresas que adotam o nosso modelo, especialmente as pequenas e as cooperativas, que formam uma base sólida para a economia brasileira. E ao olhar para esse nicho, estamos olhando para o País, afinal, elas possuem um papel muito importante na retomada de nosso crescimento econômico.

Quais as perspectivas para os próximos anos? Qual será o direcionamento adotado pela FNQ daqui para frente?
Jairo
- Nosso planejamento está estruturado até 2020 e está pautado no engajamento da sociedade e no trabalho que promove melhorias na produtividade das organizações. Com isso, a gente desenvolve a competitividade do Brasil. Dessa forma, iremos atrair a confiança dos investidores. Essa é a nossa grande meta. Estipulamos essa data porque acreditamos ser o tempo que o Brasil precisa para se recuperar. Isso também tem a ver com a gestão.

Esperamos nos aproximar cada vez mais das MPE e das cooperativas. Eles já tinham uma participação ativa, mas queriam melhorar. Foi aí que decidimos deixar nosso portfólio bem amplo, que atende diferentes tamanhos e estruturas de negócio. É importante criar produtos que fomentem a excelência na cadeia de valores e que possam ser adotados por todos os tipos de organizações.

O que ainda precisa ser feito para assegurar a gestão para excelência nas organizações brasileiras?
Jairo -
Ter um alinhamento público-privado. Sensibilizar as lideranças governamentais, seja no âmbito federal, estadual ou municipal, para que enxerguem a gestão como a forma de ter um desenvolvimento sustentável. É só por meio do trabalho alinhado e árduo que a gente tem resultado e é isso que melhora a nossa reputação. Tudo isso gera confiança, que é fundamental para uma boa gestão.

Estamos chegando em um novo patamar civilizatório e isso atinge não só a população, mas todas as áreas, inclusive empresariais. É uma nova forma de exercermos a cidadania. É algo que temos de considerar, porque é tudo uma questão de causa e feito. Será algo importante para atingirmos um crescimento harmonioso de nossas ações.

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