O papel da gestão na melhoria contínua da saúde brasileira

Entenda como o MEG pode promover melhorias nas organizações do setor

Como já vimos por aqui, as questões que envolvem políticas públicas e gestão configuram um dos principais desafios para a área de saúde em nosso País. 
 
Sabendo de seu papel social e da importância do tema, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) trabalha junto com as organizações do setor para promover o desenvolvimento da gestão, por meio da disseminação de valores e Fundamentos de seu Modelo de Excelência da Gestão® (MEG).
 
Para tratar de um assunto tão importante, entrevistamos a presidente executiva do Laboratório Sabin, Dra. Lídia Abdalla. Confira:
 
Quais iniciativas do governo auxiliam a melhoria da gestão de organizações do setor de saúde e, consequentemente, do serviço prestado?
 
Os aspectos regulatórios da área de saúde contribuem, de um modo geral, para o aprimoramento da gestão organizacional, com foco na qualidade dos serviços prestados ao cliente/paciente. Nesse sentido, destacamos o trabalho da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) junto às operadoras e prestadores de serviços. 
 
A publicação da Lei 13.003/2014, conhecida como Contratualização, diminuiu o desequilíbrio de forças entre as operadoras e prestadores ao criar regras contratuais mais justas. Podemos destacar, também, o papel regulatório da ANVISA, que controla o funcionamento de laboratórios clínicos no Brasil e estabelece padrões de qualidade na realização de exames, critérios de rastreabilidade e segurança das informações.
 
Além disso, os trabalhadores da saúde também foram contemplados com normas de segurança ocupacional, assegurando o ambiente laboratorial adequado, confortável e seguro.
 
Outro fator que auxiliou na melhoria da gestão do setor foi o regulamento sanitário, que estabelece padrões mínimos de segurança do paciente em todas as etapas do processo laboratorial.
 
Quais são os principais desafios encontrados pela área da saúde no aperfeiçoamento da gestão e e na entrega de melhores serviços?
 
A área da saúde carece, em geral, de dados e informações que ajudem a compreender o setor como um todo. Outro desafio está na burocracia gerada pelas restrições legais e regulatórias, além da resistência de alguns players em implementar práticas inovadoras de melhoria na gestão, desafios corporativos e de classe.
 
 
A saúde é sempre citada em pesquisas como um dos principais problemas enfrentados pelos brasileiros. Como a gestão da saúde pode ajudar a melhorar esse índice? E como instituições como a FNQ podem auxiliar para melhorar essa questão?
 
Gestão em saúde é fundamental no setor público e privado. Tende a diminuir desperdícios, o que possibilita o reinvestimento de recursos dentro do próprio negócio. Torna o segmento mais eficiente, eficaz e efetivo e permite que tanto as organizações que compõem o SUS quanto as de saúde suplementar exerçam um melhor controle dos custos, garantam maior cobertura dos serviços e elevem permanentemente a qualidade para o paciente, cliente e cidadão.
 
O Laboratório Sabin sempre busca adotar práticas que gerem valor. Vimos, no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), uma oportunidade de refinar nossas atividades, por isso, procuramos a Fundação Nacional de Qualidade (FNQ), participando do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), que adota esse modelo como premissa básica. Para nós, mais do que uma premiação, o PNQ trouxe aprendizado, com modelo prático e consistente. Adotar o MEG foi uma forma de validar os métodos e as práticas já desenvolvidos pelo Sabin e enxergar, a partir dele, oportunidades de melhoria que gerem efetividade dos nossos processos.
 
Instituições como a FNQ têm as ferramentas e o conhecimento necessários para auxiliar o setor de Saúde. E, sem dúvida, podem contribuir na formação, por exemplo, de um comitê tripartite, capaz de compartilhar experiências entre organizações públicas e privadas. 
 
 
Quais as principais práticas do Laboratório Sabin para promover a melhoria contínua da saúde brasileira?
 
Ações com foco no atendimento e na qualidade dos serviços prestados foram adotadas com o objetivo de entregar aos clientes o que existe de melhor na área diagnóstica. Dessa forma, é possível aliar a um preço justo:
 
  • capacitação e investimento em aperfeiçoamento científico e tecnológico; 
  • gestão eficiente de processos, pessoas e custos; 
  • políticas de sustentabilidade e de investimento social; 
  • certificações e acreditações; 
  • construção de redes de relacionamento com parceiros, médicos, empresas e operadoras de saúde, de modo a agregar valor e inovação.
 
O Laboratório Sabin criou, no último ano, o Programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças, que incentiva ações colaborativas e integradas, com o objetivo de capacitar indivíduos e comunidades a adotarem práticas mais saudáveis. No âmbito da saúde suplementar, esse programa atua como um elemento integrante para a alocação de recursos destinados à saúde, o que contribui para a sustentabilidade do setor. 
 
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