Gestão de tempo e produtividade

Em entrevista para o portal, o Especialista de Projetos da FNQ, Francisco Teixeira Neto, fala sobre práticas de gestão de tempo

Nas grandes cidades, a tendência é que as organizações sejam mais flexíveis na questão do tempo e da presença física de seus funcionários. É o que explica o Especialista de Projetos da FNQ, Francisco Teixeira Neto, que acredita que a tecnologia é uma grande aliada para isso. Veja alguns exemplos de boas práticas para melhorar a produtividade dos colaboradores e a opinião dele sobre o tema.
 
De que forma as organizações podem controlar o tempo dos funcionários para estimular a produtividade?
Atualmente, muitas organizações já estão mais flexíveis com essa questão do controle do tempo dos funcionários. Isso normalmente acontece em grandes cidades, como São Paulo, por exemplo, onde a mobilidade urbana ou condições climáticas dificultam a presença física diária dos colaboradores numa empresa, optando-se pelo trabalho remoto, mas difícil de ser monitorado. Isso requer que as organizações passem a avaliar os desempenhos e os resultados gerados e não, necessariamente, o tempo dentro da empresa. Nesse sentido, as tecnologias de comunicação à distância, contribuem muito. Naturalmente, isso depende e varia conforme o tipo de atividade exercida, o perfil do negócio e da sua liderança. Isso exige novos mecanismos para calcular a produtividade de um colaborador, além do controle de horas dedicadas à empresa e da avaliação do funcionário. 
 
Quais as melhores práticas de gestão de tempo já realizadas pelas organizações? 
Para pessoas que atuam em vários projetos ao mesmo tempo, o que se vê são planilhas ou aplicativos para computadores, onde são apontados os tempos dedicados a cada atividade ou projeto. A diferença é que, desta forma, se confia mais no colaborador e o número de horas aferidas a uma atividade pode ser até mais realista do que se contabilizasse pelo cartão de ponto, que pode mascarar ociosidades.
 
Você acredita que a vida pessoal influencia na produtividade das pessoas? Se sim, o que a organização pode fazer para auxiliar o funcionário?
Acredito sim, uma vez que existem hábitos que se provam muito eficazes e tornam as pessoas mais produtivas. O autoconhecimento é fundamental, pois, assim, a pessoa entende como funciona melhor, que horário é mais produtiva, que ambientes têm maior dificuldade para se concentrar, entre outros. Esses podem envolver a prática de esportes, ou atividade física, a leitura, a alimentação saudável, a música, a forma de respirar e muitos outros. 
 
As organizações podem contribuir estimulando os funcionários a desenvolverem hábitos saudáveis. Já vi empresas que oferecem massagem, nutricionistas, refeição balanceada, local para descanso/entretenimento, disponibilizam filmes e livros, permitem a presença de plantas e até animais de estimação. Podem inclusive oferecer palestras e cursos sobre o tema.   
 
Muitas vezes, a falta de foco acontece pela grande quantidade de demandas na própria organização, por exemplo, alto número de e-mails corporativos e reuniões longas. O que as empresas podem fazer para melhorar esse processo?
É importante que a empresa disponha de canais de comunicação para que os colaboradores possam expressar livremente suas ideias, críticas e sugestões. Isso poderá contribuir para que questões que afetam a concentração, produtividade, o desempenho e o atingimento de resultados sejam manifestadas, discutidas e trabalhadas. Essas podem vir tanto de uma pesquisa de clima organizacional, intranet, quanto de uma simples caixa de sugestões. A empresa pode também criar fóruns nos quais as queixas mais comuns possam ser discutidas e trabalhadas.  
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